quarta-feira, 7 de março de 2007

15/03 - Estreia de "Tchékov e a arte menor" pela Escola da Noite

Numa espécie de introdução geral ao projecto “Tchékhov em um acto”, A Escola da Noite estreará no próximo dia 15 o espectáculo “Tchékhov e a arte menor”.
O dramaturgo russo cuja obra e influência foram decisivas em todo o teatro contemporâneo, está na base de um projecto a vários títulos inovador na cena teatral portuguesa. A partir de Tchékhov, uma parceria a envolver a Direcção Regional da Cultura do Centro, A Escola da Noite, a Região de Turismo do Centro e as câmaras municipais da Figueira da Foz, Montemor-o-Velho e Gouveia, está a garantir um projecto cujo grande objectivo é contribuir para a formação e a estruturação de repertório de cinco companhias amadoras da região.
Com as diversas peças em um acto de Tchékhov em preparação nos palcos onde o projecto chegou, A Escola da Noite, companhia profissional de teatro de Coimbra, está a preparar a estreia da sua 40.ª produção, o espectáculo “Tchékhov e a arte menor” – construído a partir do universo das peças em um acto do dramaturgo russo - o que deverá acontecer no próximo dia 15 de Março, na Oficina Municipal do Teatro de Coimbra.
Depois de ter apresentado “O Cerejal”, em 2004, a companhia regressa, no ano em que assinala o seu 15.º aniversário, à obra de um dos mais marcantes autores da dramaturgia universal, cujas peças foram encenadas pelos maiores encenadores ao longo do último século.
Assumido “como uma espécie de provocação”, de acordo com uma nota da companhia, o título do espectáculo destaca a frequente (e, na óptica d’A Escola da Noite, injusta) desvalorização do conjunto das “pequenas peças” de Tchékhov, quando comparadas com o conjunto das suas obras de referência - onde se incluem, para além de “O Cerejal”, “A Gaivota”, “As Três Irmãs” ou “O Tio Vânia”.
Pelo contrário, ainda de acordo com a companhia, A Escola da Noite encontra nestas peças em um acto, apresentadas em novas traduções feitas a partir do russo, por António Pescada, “mecanismos de grande precisão, capazes de oferecer ao espectador o essencial da obra de Tchékhov: uma extraordinária conjugação entre a interioridade das personagens (marcadas, muitas vezes, por profundas tragédias pessoais) e uma aparente linearidade da acção dramática, composta pela banalidade (ou até a frivolidade) das situações representadas”.
Qualificadas (quase todas) como farsas pelo autor, estas pequenas peças “são comédias no sentido mais clássico e teatral do termo, nas quais o burlesco e o caricato mais extravagante são utilizados com uma singular mestria”. A par do humor franco que elas despoletam (e por causa dele), refere ainda a nota d’A Escola da Noite, “as peças em um acto de Tchékhov proporcionam-nos, no entanto, diferentes níveis de leitura, revelando-nos as enfermidades de uma sociedade em estado de crise e de transformação acelerada, na qual a explosão se pode dar com extrema rapidez”.
Com encenação, dramaturgia e espaço cénico de António Augusto Barros, “Tché- khov e a arte menor” conta com os figurinos de Ana Rosa Assunção, os objectos e adereços de António Jorge e as luzes de Danilo Pinto e Sílvia Brito. Do elenco fazem parte António Jorge, Maria João Robalo, Sílvia Brito e Sofia Lobo a quem se juntam, numa primeira colaboração com a companhia os actores Miguel Magalhães e Pessoa Júnior.
Fonte: As Beiras
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